A maioria dos componentes de aço em redes de telecomunicações são utilizados em ambientes externos, como por exemplo as braçadeira para poste tipo BAP e parafusos M12.
A vida útil do revestimento dessas peças depende de alguns fatores como tempo exposto, composição da atmosfera e a camada de ligas de zinco aplicada a peça e nível de acidez da chuva.
Bom, mas vale a pena adquirir produtos galvanizados á fogo (a quente) que possuam um valor de aquisição superior a galvanização á frio?
Alguns fatores importantes para responder essa pergunta são:
a) Vida útil antes da primeira manutenção;
b) Custo de paralisação para manutenção;
c) Paralisação da rede e experiência do usúario de internet;
d) Custo com acidentes, devido rompimentos.
Galvanização á fogo (por imersão a quente)

A expectativa de vida de revestimentos galvanizados á fogo em redes externas varia de acordo com os fatores que citamos acima, como o tipo de ambiente externo, índice de salinidade, chuva ácida, umidade e outros itens relacionados a intempéries.
Porém podemos afirmar segundo estudos, que uma previsão é de 10 a 30 anos na maior parte dos ambientes agressivos como litoral, e em ambientes urbanos é de 40 anos, mas isso depende da camada de zinco aplicada, que é medida em microns, que geralmente varia de 40 a 50 microns.
No teste de "salt spray" a galvanização á fogo apresenta corrosão vermelha em média após 500 horas, lembrando que este valor pode alterar de acordo com a quantidade de zinco depositada na peça.
Uma das grandes vantagens da galvanização á fogo são as reações metalúrgicas promovidas entre o zinco e o ferro durante a galvanização a quente fazem com que o revestimento possua excelente aderência ao material base, muito maior que a apresentada por revestimentos produzidos por pela galvanização eletrolítica, ou seja, o zinco penetra na camada cristalina do aço, a peça se torna muito resistente a abrasão.
A imagem abaixo ilustra a reação metalúrgica do zinco no aço.

Já na galvanização eletrolítica, a camada de zinco é superficial, sem penetração no aço.
Galvanização eletrolítica

Na galvanização eletrolítica a aderência do zinco é apenas superficial, e com uma camada que pode chegar a 10 vezes menor que o pelo processo a fogo. Além disso sua a camada de zinco media aplicada é de 5 á 25 microns e sua resistência a abrasão é muito inferior a galvanização á fogo, então qualquer tipo de atrito deixará a peça exposta e sem proteção contra corrosão naquele ponto.
No teste de "salt spray" a galvanização eletrolítica zinco branco apresenta corrosão vermelha em 48 horas.
Conclusão
Após estes dados apresentados, podemos concluir que a galvanização á quente dará muito mais segurança a rede externa, menor manutenção, maior segurança e menor retrabalho. Porém nada impede de adquirir equipamentos galvanizados á frio, desde que esteja ciente dos riscos e da menor durabilidade. Nossa dica é, investir um pouco mais em ferragens galvanizadas á fogo, trará um avanço técnico na sua rede externa e garantirá uma maior probabilidade de sucesso da sua operação. Sabemos que minimizar riscos é uma bela estrategia para as empresas.
Normas Técnicas
Existem inúmeras normas nacionais e internacionais que regulamentam o processo de galvanização especificando materiais, produtos, aplicações, espessuras, uniformidade, ensaios, etc.
As normas técnicas a seguir, citadas a título de exemplo, são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR 7398 - Verificação da aderência do revestimento. Ensaios mecânicos
NBR 7399 - Espessura do revestimento. Ensaios utilizando aparelhos magnéticos.
Fontes: Brametal (2022), ICZ (2022), Respostatecnica.org (2022),
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