top of page

Como um clivador pode afetar a qualidade do sinal em conectores de campo e conexões mecânicas?

Updated: Apr 25

O Engenheiro Ronaldo couto da Primori (2023) comenta "Sempre comento nos treinamentos que realizo que a ferramenta mais importante do técnico de fibra óptica é o clivador".


Um dos grandes desafios da construção de redes passivas é obter a menor perda de sinal óptico possível ao longo da rede, onde temos uma série de conexões, divisões e emendas que afetam o sinal de luz que trafegam pela fibra óptica.


Um dos "calcanhar de aquiles" deste processo de perda óptica, é a conectorização óptica em conectores rápidos, utilizados geralmente na milha final para acesso do sinal na ONU e conexão na CTO.


Ângulo de clivagem


A qualidade do conector de campo, que entre outros fatores, pode ser conferida através da sua perda de sinal óptica média (Perda de inserção e perda de retorno), um fator determinante para auxiliar o máximo desempenho do conector, é a qualidade do clivador, que pode ser medida através do ângulo de clivagem médio, quando menor o ângulo de corte, menor poderá a perda óptica.


Para ilustrarmos as informações citadas acima e provar como utilizar um bom clivador é imprescindível em conexões ópticas, o gráfico abaixo mostra a influência do ângulo da clivagem "Versus" a perdas de conexões mecânicas.

Fonte: Ronaldo Couto - Infranews

*Observa-se neste gráfico, que:

1 – Fibras clivadas com apenas 1 grau de inclinação geram conexões com perdas de aproximadamente 1 dB em 1490 nm e de 1,3 dBs em 1310 nm.

2 – Já com ângulos de clivagens de 2 graus chegam a produzir conexões com mais 4 dBs em 1490 nm e mais de 5 dBs em 1310 nm. Fonte: Ronaldo Couto - Infranews


Geralmente existem dois modelos de clivadores no mercado, com ângulo médio de clivagem de 0,5 graus e 0,8 graus.


Se você utilizar um clivador com ângulo de clivagem de 0,5 graus, poderá resultar em uma perda aproximada de 0,3 dBs na conexão óptica em 1310nm e 1490nm*. No caso de utilizar um clivador com ângulo de clivagem médio de 0,8 graus, poderá resultar em uma perda aproximada de 0.43 dBs em 1310nm e 0,4 dBs em 1490nm*.


*Considerando fibras monomodo de 9um de núcleo em conexões mecânicas sem gel indexação.

Outros fatores importantes


Além da analise do ângulo de clivagem médio, é importante analisar a qualidade e procedência do clivador, pressão que o clivador no seu fechamento, higienização da ferramenta e monitoramento da lâmina de corte, para que possa ser rotacionada e manter o ângulo de clivagem informado pelo fabricante.


É importante mencionarmos que há clivadores com diversas qualidades no mercado, e que existem variações normais dentro de um processo que é executado diversas vezes, logo, podemos definir que um clivador, possui uma capacidade ângulo máxima de clivagem, ou seja, a melhor clivagem que vou ter utilizado esse clivador, o ângulo de clivagem média, ou seja, qual é o valor de ângulo mais provável que eu vou ter a utilizar esse clivador. Sendo assim, é importante observar qual a informação é dada pelo fornecedor do clivador que você está procurando, há empresas que informam a clivagem média, e outras a melhor clivagem, portanto observar isso vai ajudar na escolha e executar a melhor comparação.


Mas como medir se o ângulo de clivagem do clivador está de acordo com o informado pelo fabricante?


Comparando uma fibra mal clivada com uma fibra bem clivada, as perdas de inserção e perdas de retorno - que é a luz que reflete na superfície mal clivada e retorna - são muito diferentes, conforme já citamos anteriormente. A Infortel possui um controle de qualidade rigoroso, que garante a entrega de produtos de alto desempenho para nossos clientes. Este resumo vai apresentar com detalhes como funciona o teste de qualidade interno para os clivadores, dessa forma você poderá reproduzir na sua empresa.


O teste se baseia na análise do ângulo da fibra clivada. Deve obedecer os valores indicados no datasheet de cada modelo de clivador. Aqui na Infortel utilizamos a Máquina de Fusão Jilong KL para realizar este processo. Para o equipamento apresentar os dados com um intervalo de tempo suficiente para analisar os ângulos, é necessário configurar. No vídeo abaixo, você pode ver como fazer isso:


Para iniciar o teste, deve-se preparar uma fibra de referência que não será analisada. Ela servirá somente para o equipamento detectar a presença das duas fibras e gerar os dados que queremos.


Os testes podem ser feitos com qualquer clivador, mas vamos citar o modelo que vem junto com a Máquina de Fusão Jilong KL-520, o clivador KL-21F. O processo deve ser feito nas duas acomodações possíveis na ferramenta, para cabo drop flat e para cordão de 3 mm ou fibra nua. As fibras devem ser testadas uma de cada vez.




Primeiramente fazemos com o drop flat, acomodando no clivador e realizando a clivagem. Depois posicionamos a fibra na máquina de fusão exatamente no centro do carrinho, cuidando para que ela não passe o limite do eletrodo. Após o fechamento da tampa da máquina de fusão, o processo de alinhamento das fibras ocorre automaticamente. Para analisar os ângulos V, como parte final do teste da clivagem do Drop Flat, identificamos o valor indicado no Display. Se for inferior ao número indicado no Datasheet, o clivador está aprovado para uso. Mas como na Infortel priorizamos a alta qualidade, antes de aprovar de forma definitiva o produto, testamos também a clivagem na fibra nua. Todo o processo é o mesmo. No final, se o ângulo V indicado para o teste da fibra nua for igual ou menor que o datasheet, está aprovado de forma definitiva. Assim, o clivador é adicionado ao estoque e fica pronto para venda.



E ai, gostou do conteúdo? Compartilhe com seus colegas. Utilize o cupom CLIVADORABRIL e ganhe 6% de desconto.


Acesse nosso novo site: https://inforteltelecom.com.br


Acesse nossas redes sociais:


Instagram Infortel


Youtube Infortel TV


bottom of page